terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Fênix congelada


Estou precisando de alguém que me ensine me amar
Há muito tempo não sei o que é o amor
Apesar de ser uma mulher com ar sombrio e frio
Sou uma garota com um coração de flocos de neve
Prestes a derreter no menor gesto de carinho
Se em quanto isso ele vai seguindo a brisa do tempo

Eu só preciso que chova no rio de amor
Para que ele flua tão distante que nem o inverno possa alcançar
Quando a noite se aproxima nasce mais um cântico triste
De uma princesa ingênua a espera de seu príncipe encantado
Que vem das estrelas para liberta-la

Preciso de alguém que saiba me amar
Que saiba intender intender as tragédias de minha vida
E me ajudar a contemplar a melodia que delas tiro
O meu coração é para poetas
Cavalheiros a lados
Que saiba me tratar como uma donzela a perigo de si própria
Que agoniza nos portões de Hades

Quem vai descobrir o cristal abandonado
Na caverna congelada de minha alma
Aonde nasce a ave de fogo solitária
Ela não pode morrer, mas fora congelada
O descaso fez com que tempo passasse e ela não mais fora lembrada
Suas asas estão mutiladas
Suas garras assim como seu coração quebradas
Mas um dia alguém irá aparecer para liberta-la
Dessa gélida prisão de sua alma
Aí pelos sete céus depois de seus sete pecados pagos
Expurgados nos sete rios e sete vulcões de lava ardente
Como um pássaro livre ela poderá renascer e voar
Essa é história da fênix aprisionada no gelo
Que agora aguarda quem a libertará
Clarisse Kempoviki

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